segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Enquanto tomamos de sete a receita dos clubes europeus cresce 8% ao ano na cris



Analisamos o relatório da Deloitte divulgado no início deste ano sobre os 20 maiores e mais rentáveis clubes da europa. O Real Madrid continua líder com aproximadamente R$1,5 bilhão em receitas. Ele mostra que 55% das receitas do Bayern de Munique, por exemplo, vêm de origem de atividades comerciais. Podemos notar que na média mais de 41% das receitas destes 20 líderes de receitas trazem suas receitas de atividades comerciais, vendas de patrocínio e programas sócio-torcedor entre outros. Somente 21% das receitas destes clubes vêm dos dias de jogos (MatchDay) e apenas 37% vêm de direitos de transmissão (Broadcasting). 


Enquanto tomamos de sete os 20 maiores e mais rentáveis clubes da Europa aumentaram em 8% suas receitas em relação ao ano anterior em momento de grave crise financeira. Nos EUA alguns estádios começam a colocar 100 mil pessoas em jogos de futebol. É importante analisar nossas falhas na gestão de nosso setor esportivo. 

A proposta de renegociação das dívidas dos clubes que podem chegar a R$ 4 bilhões começou a ser discutida no Congresso Nacional com pouca participação e apoio da CBF. Em vez de ajudar os clubes, se aproximar do Bom Senso e trabalhar para fortalecimento e crescimento do mercado profissional do futebol criando um projeto para o futuro com apoio das federações às divisões de bases dos clubes, apoiando e entrando diretamente na negociação dos direitos de transmissão dos jogos com as emissoras de TV, a CBF simplesmente não faz nada. Manter tudo como está parece ser o objetivo. Ainda estamos na era do coronelismo. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Desse jeito vamos morrer e afundar todos juntos, com toda a ganância e egoísmo que nos cabe.

A própria Globo está dando um tiro no pé ao beneficiar apenas Flamengo e Corinthians. A audiência caiu junto com a baixa qualidade dos espetáculos. Se a globo fosse inteligente dividiria as cotas de TV de forma igualitária. E daria um ótimo prêmio para o campeão e vice. Todos querem ver espetáculos com estádios lotados e confrontos com times fortes. Não adianta tampar o sol com a peneira querendo a volta dos mata-matas.

Enquanto isso a Europa segue, mesmo com a crise, seu crescimento anual de 8% com a receitas dos clubes de futebol profissional. Os campeões são sempre os mesmos. Alguns profissionais do setor podem criticar os relatórios da Deloitte por serem superficiais, porém nos possibilita comparar os mercados e enfrentar a realidade. Ela divulgou novamente no início deste ano o ranking de faturamento dos 20 maiores clubes relativos aos anos 2013-14, oito meses depois do seu último relatório, divulgado em 2013.

Há um número grande de métricas que podem ser utilizadas para comparar o sucesso de um clube incluindo sua importância e história, base de sócio-torcedores, audiência na TV entre muitos outros. Este relatório tenta focar na habilidade de gerar receita. Ele foi construído considerando o MatchDay (venda de ingressos e hospitality), Broadcasting (direitos de transmissão das ligas, copas e competições européias) além do Comercial (patrocinadores, merchandising e outras operações comerciais como organização de eventos e etc).



Podemos notar que o Real Madrid e Barcelona seguem firmes na liderança nos dois últimos relatórios. Seguidos de perto Bayer de Munique e Manchester United. Podemos notar que quase 30% destes 20 clubes líderes em receitas são ingleses, seguido pelos italianos, alemães e espanhóis. 
55% das receitas do Bayern vêm de origem de atividades comerciais. Podemos notar que na média mais de 41% das receitas destes 20 líderes de receitas trazem suas receitas de atividades comerciais, vendas de patrocínio e programas sócio-torcedor entre outros. Somente 21% das receitas destes clubes vêm dos dias de jogos (MatchDay) e apenas 37% vêm de direitos de transmissão (Broadcasting).  Podemos perceber, como já havíamos dito muitas vezes, que o jogo de futebol em geral, não representa grande parte da receita dos clubes. Em clubes italianos isso pode representar menos que 15% do faturamento total.
 
Podemos observar que o que falta aos clubes brasileiros é uma melhor gestão de suas arenas e atividades comerciais do clube em geral. Trabalhar a gestão de eventos, melhorar seu programa sócio-torcedor, trabalhar mais a venda de camarotes, ingressos de temporada são algumas saídas para os clubes brasileiros. E tudo isso agregado à tecnologia. A Arenaplan apresentou durante o 1o Fórum de Gestão de Estádios e Arenas a tecnologia de Cashless, amplamente utilizada em todos os estádios da Alemanha da primeira e segunda divisão, e nos clubes que fazem parte deste ranking. Isso significa criar um cartão pré-pago para consumo interno inicialmente. Com o mesmo cartão podemos pagar o estacionamento, bebidas, alimentos, material licenciado e obter benefícios em lojas conveniadas. Só nos bares dos estádios destes clubes houve um crescimento de 30% na receita. Isso porque menos filas nos bares significa mais consumo. E para pagar as contas os cartões não exigem senhas. 

E o mais engraçado é que nenhum estádio brasileiro instalou ainda a tecnologia Cashless. A copa acabou e os atrasos não permitiram avanço neste lado. A FIFA desistiu de implantar esta tecnologia. Afinal nem o básico havia sido feito. A maturidade continua longe do mercado nacional. Se trabalharmos fortemente unindo a tecnologia, marketing,  apoio da CBF e divisão das receitas de transmissão podemos mudar radicalmente nosso mercado. É possível triplicar nossas receitas e duplicar nossa média de público no prazo de 5 anos unindo a boa gestão dos estádios com a estratégia comercial mostrada acima.

Quem sabe nosso governo acorde e perceba que estamos no melhor momento para mudar tudo. Quem sabe nossos políticos exijam como pré-requisito para aprovação da renemgociação das dívidas dos clubes obrigar que os clubes dividam igualmente suas receitas de direitos de TV e que a CBF fiscalize que isso seja cumprido. Será que isso é possível? Talvez a única saída seja a imposição! Assim muda-se o futebol para sempre usando a mesma política feudal de sempre!

Fonte: http://www.deloitte.com/view/en_GB/uk/industries/sportsbusinessgroup/sports/football/deloitte-football-money-league/index.htm

Leia este artigo em:
http://www.arenaplan.com.br/site/index.php/arena-pernambuco-da-exemplo-de-planejamento/159-enquanto-tomamos-de-sete-a-receita-dos-est%C3%A1dios-europeus-cresce-8

Márdel Cardoso é diretor da Arenaplan Consultoria. Gerente de projetos, bacharel em Ciência da Computação pela PUC-MG, MIT-Master Information Tecnology pela Fiap-SP, Gestão de Arenas pela Trevisan e Marketing Esportivo pela Uniara. Especialista em estudo de viabilidade financeira de arenas. Professor em Gestão de Projetos e Empreendedorismo da Uninove de São Paulo. Autor de 2 livros. Idealizador do 1o Fórum de Gestão de Estádios e Arenas.

Twitter: @arenaplan
Facebook: http://www.facebook.com.br/arenaplanconsultoria
Linkedin: http://www.linkedin.com/groups/Gerenciamento-Est%C3%A1dios-Arenas-Stadium-and-4894325?trk=my_groups-b-grp-v

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Palestra sobre Projeto e Gestão de Arenas na UFABC


LEVE ESTA PALESTRA PARA SUA ESCOLA
Sua escola de engenharia ou arquitetura quer absorver informações do setor? Quer conhecer o ciclo de construção e operação de uma arena? Seu clube, sua cidade ou seu estado pensam em construir uma arena? Saiba mais

O diretor da Arenaplan Consultoria palestrou na Universidade do ABC nesta última quinta-feira, dia 13 de dezembro para os alunos e profissionais de engenharia e tecnologia no ciclo de palestras promovido pelo BANCO DO BRASIL. A palestra envolveu conceitos do mercado de arenas, números e informações. O palestrante foi Márdel Cardoso, diretor da Arenaplan Consultoria. A palestra envolveu detalhes do ciclo de vida do projeto de uma arena, desde a fase do estudo de viabilidade quanto o design e construção.

Assista a introdução da palestra
https://www.youtube.com/watch?v=_chyiOcVbUk

1o Fórum de Gestão de Estádios e Arenas aconteceu em São Paulo com grande sucesso

Aconteceu ontem em São Paulo, o 1o Fórum de Gestão de Estádios e Arenas. O primeiro evento do Brasil que veio propor soluções, idéias e propostas de melhorias para a gestão dos estádios brasileiros. O evento é uma realização da Arenaplan Consultoria e a da Trevisan Escola de Negócios e aconteceu no Programa de Conferências da 5ª edição do maior evento da América Latina para equipamentos e infraestrutura de locais esportivos: o Sport Infratech, organizado pela Real Alliance. O evento contou com apoio da SBGME, ABRAESPORTE, ABRIESP, Pluri Consultoria e a Universidade do Futebol.


O evento foi um grande sucesso e contou com a presença dos dirigentes de alguns dos maiores clubes de futebol do país como Corinthians, São Paulo, Santos, Atlético-PR e Cruzeiro, e teve ainda a presença de atuais e ex-dirigentes do Grêmio. O evento também contou com a presença de grandes dirigentes e gestores de arenas do Brasil como Minas Arena, Maracanã, Castelão e Arena Pernambuco além de profissionais da OAS Arenas, Odebrech, além de nomes reconhecidos pelo mercado de marketing esportivo e centenas de profissionais do setor. Durante o evento os participantes ainda tiveram tempo para visitar os stands da Sport Infratech.

O evento abriu pela manhã e contou com a abertura do Fernando Trevisan, diretor da Trevisan Escola de Negócios e iniciou com a palestra do Presidente do Botafogo FR, Maurício Assunção que apresentou o trabalho que havia sido feito pelo clube no Engenhão, seguido pelo Fernando Ferreira, diretor da Pluri Consultoria, que apresentou o perfil de renda das torcidas brasileiras.

Daniela Senatore, gerente da Odebrecht apresentou informações de como funciona a estrutura de gestão de uma arena multiuso. Um importante debate entre Lúcio Blanco, gerente de arrecadação do Corinthians e Ricardo Araújo, especialista em gestão de arenas fechou o evento pela manhã falando do planejamento e venda de ingressos, camarotes e business seats.

O evento abriu à tarde com Márdel Cardoso, diretor da Arenaplan Consultoria seguido da palestra do Diretor da BPS Promoções e apresentador do programa Encontro D Craques da Band Sports, o Beetto Saad que brindou os participantes com casos de sucesso na gestão de camarotes no Morumbi, Pacaembu e Palestra Itália. Em um brilhante debate, Sérgio Landau, diretor do Engenhão e Botafogo, e Eduardo Antonini, que foi responsável pela concepção e desenvolvimento do Projeto Arena do Grêmio conversaram sobre as estratégias de sucesso das arenas.Durante o evento, o diretor da Arenaplan apresentou dados e números do mercado de arenas da Europa e Brasil, mostrando inclusive a diferença entre as receitas européias e brasileiras.

E não foi somente isso. Pedro Mascarenhas apresentou novidades sobre o Matchday Sponsor, uma nova fonte de receita em arenas. Ele é atualmente gerente de Marketing e Novos Negócios da TTK Marketing Esportivo mostrando vídeos marcantes e estratégias de promoções executadas no segmento no exterior.

No último bloco, os convidados absorveram informações e tendências do mercado de Cashless, apresentado pelo diretor da Arenaplan Consultoria, seguido da diretora da XYZ Live Eventos, em palestra que convidou os atuais gestores a trabalharem juntos para ampliar o mercado de eventos.

Para fechar com chave de ouro o evento, Gilberto Ratto, Gerente de Marketing do São Paulo FC, o Marcone Barbosa, Diretor de Marketing do Cruzeiro EC e o Mauro Holzmann, Diretor Executivo de Marketing e Comunicação do Atlético-PR promoveram um debate para mostrar a visão e realidade dos clubes na gestão das parcerias e de seus estádios.

Em breve publicaremos aqui alguns trechos e vídeos de cada uma das palestras apresentadas durante o evento. O PDF das apresentações serão publicados nesta sessão de eventos do site.


Palestra sobre CASHLESS de Márdel Cardoso



 O conteúdo da palestra de Mardel Cardoso sobre  CASHLESS pode ser baixado por aqui. Click

 Click para assistir uma pequena parte da palestra  em vídeo.

 https://www.youtube.com/watch? v=OVZxHjz9McM&feature=youtu.be

Empresa Brasileira cria software para diminuir as filas dos Estádios

A Arenaplan Consultoria criou em São Paulo uma solução avançada de pagamento para eliminar as filas internas nos estádios brasileiros. Usando um cartão parecido com um cartão de crédito, o chamado RFID, o torcedor carrega o cartão pela internet ou pelo celular os valores que pretende consumir na arena pagando com cartão de crédito ou débito. Com isso ele não precisa mais usar dinheiro ou digitar senhas na hora de efetuar o pagamento. Basta informar ao atendente o que deseja e encostar o cartão numa leitora especial. Automaticamente o sistema consulta o saldo disponível e efetua o débito em seu cartão, agilizando o processo de pagamento. Este tipo de solução é chamado no exterior de CASHLESS.

A tecnologia desenvolvida pela startup brasileira é pioneira no Brasil. Ela é chamada Arenaplan Sem Filas e hoje é uma das mais avançadas do mundo por trabalhar em plataforma móvel. A empresa desenvolveu a plataforma analisando algumas soluções européias convertendo toda solução para trabalhar em nuvem e para celulares. Ou seja, toda a inteligência do sistema está instalada em Data Center e integrada aos principais bancos do mercado, o que possibilita ao torcedor ter todo tipo de cartão de crédito ou débito ao seu dispor para fazer o carregamento do cartão. “Isso oferece ao torcedor conforto para comprar o que deseja com tranquilidade, mesmo durante o intervalo onde o movimento é muito grande e, tecnologia para o gestor, pois ele sabe exatamente o que está gerando mais vendas em cada bar ou loja e, pode até traçar um plano de segmentação do público, como fazem hoje algumas arenas no exterior”, informa Márdel Cardoso, diretor da Arenaplan. A empresa está desenvolvendo agora uma alternativa para oferecer também carregadores fixos no local em parceria com empresas nacionais.

O estádio disponibiliza em cada bar uma maquininha portátil, pouco maior que uma maquininha comum de cartão de crédito, mas muito mais inteligente, com um display maior e aplicativo próprio em plataforma Mobile. Este equipamento emite recibos para os clientes e substitui o PDV tradicional em alguns casos, e ainda emite as notas fiscais eletronicamente para os clientes, o que diminui as chances de fraude nos bares. O Gestor utiliza um backoffice na internet para gerenciar o sistema e acompanha todo o processo online, do cadastro, carregamento, vendas, pagamentos e até mesmo a performance de comunicação das maquininhas nos bares.  
A solução da Arenaplan chamou a atenção de vários clubes brasileiros, estádios e até multinacionais concorrentes. Além de funcionar em estádios de futebol ela também pode ser utilizada em shoppings, eventos, ginásios esportivos e até em escolas. Por ter tecnologia de ponta desenvolvida no Brasil a solução chega a custar 1/3 das soluções internacionais. Uma multinacional japonesa que já tinha tecnologia semelhante se interessou pela solução por ser mais barata e melhor adaptada aos padrões brasileiros.
O CASHLESS é hoje um dos segredos da Alemanha para atingir quase 100% de ocupação nos estádios da 1ª e 2ª divisão. Quase todos os estádios lá já tem este tipo de solução funcionando. Este tipo de tecnologia esta sendo utilizada em dezenas de estádios nos EUA, Europa e até no Japão. Nenhum estádio no Brasil utilizou ainda este tipo de solução, o que mostra mais uma das deficiências do mercado brasileiro.  A solução foi apresentada agora em dezembro em São Paulo, no 1º Fórum de Gestão de Estádios e Arenas que contou com a presença dos principais dirigentes dos maiores clubes de futebol do país além dos gestores das arenas. O presidente do Botafogo, Maurício Assunção abriu pessoalmente o evento.